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Maquiagem fora da validade é um perigo

Acredite, é um verdadeiro atentado à saúde



A data de validade estampada no rótulo do cosmético indica que já passou da hora de jogá-lo no lixo, sem dó nem piedade. Mas você passa por cima disso. Ou por nem sequer notar que o prazo já se foi ou por puro descaso mesmo diz a si mesma, diante do espelho, que aquela sombra custou os olhos da cara, que a cor do batom vencido é linda e que ainda resta quase metade daquela base. Errado, erradíssimo.

Uma pesquisa realizada por especialistas do Colégio de Optometristas da Grã-Bretanha com 2,5 mil britânicas acima de 16 anos constatou que nove entre dez mulheres usam maquiagem fora da validade. E nesse ponto os especialistas daqui acham que as brasileiras não são nada diferentes das inglesas.

O (mau) costume é arriscado. O contato do produto com ar, pele e mucosas favorece sua contaminação por bactérias e fungos, alerta a dermatologista Dóris Hexsel, de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. É por isso que todas as fórmulas contêm substâncias conservantes, justifica o farmacêutico e especialista em tecnologia de cosméticos Emiro Khury, da Associação Brasileira de Cosmetologia.

Mas a quantidade desses ingredientes só garante a integridade do produto até um certo limite de tempo. Ou seja, depois disso o caminho está livre para os microorganismos fazerem a festa no batom, no rímel, na base. O resultado são alergias e infecções, como o sapinho e a conjuntivite, alerta a dermatologista Patrícia Rittes, de São Paulo. Se houver lesão na pele, como uma espinha, o problema provocado por um cosmético vencido pode ser ainda mais grave.

Não apenas o desrespeito à data-limite impressa na embalagem pode ser prejudicial. O uso inadequado do produto também. Um levantamento do Instituto Penido Burnier, hospital especializado em doenças oculares que fica em Campinas, no interior de São Paulo, revela que 15% das pacientes tiveram encrencas como olho seco, coceira e lacrimejamento provocadas justamente por produtos de beleza que, embora dentro do prazo de validade, foram usados de forma inadequada.

É o caso do lápis aplicado repetidamente dentro da pálpebra um capricho que pode custar caro. Isso altera o pH da lágrima e compromete sua função, que é proteger os olhos. E aí as infecções podem surgir com enorme facilidade, conta o oftalmologista Leôncio Souza Queiroz Neto, que faz parte do corpo clínico da instituição. Vai dizer, leitora, que você nunca cometeu o pecado de compartilhar o rímel, o batom ou o lápis com suas amigas? Vamos, confesse.

Tanto os especialistas britânicos como seus colegas brasileiros já sabem dessa mania. Por aqui não há dados precisos, mas na Grã-Bretanha a pesquisa mostrou que mais de um terço das entrevistadas abaixo dos 24 anos usa produtos de beleza de amigas. E esse troca-troca facilita o trânsito dos microorganismos. O herpes muitas vezes é transmitido pelo batom, exemplifica Dóris Hexsel. E não pense que emprestar a maquiagem apenas para quem não apresenta feridas suspeitas na boca é mais seguro. O vírus pode estar escondido sem apresentar sintomas, alerta Emiro Khury.

O rímel, por sua vez, pode carregar na escovinha o microorganismo que provoca a conjuntivite. Na hora de remover o cosmético também é preciso ter cuidado. Use apenas produtos demaquilantes num pedaço de algodão, mas sem esfregar a pele. E nas pálpebras o cuidado deve ser redobrado. Os movimentos têm que ser feitos de fora para dentro, em direção ao nariz, ensina Leôncio Souza Queiroz Neto. Do contrário, as impurezas penetram nos olhos, ensina. E aí, outra vez, há o risco de acabar com aquele olhar bonito.

Fonte: Boa Forma

Um comentário:

  1. Ótima matéria!!! Infelizmente muitas pessoas não estão dando a minima pra isso!
    http://docemakeupbyadriennecarla.blogspot.com.br/

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